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Histórias de Grandeza e de Miséria, mini coletânea de contos.

Olá galera, tudo bom com vocês?
Bom, como havia dito no meu post de aviso, eu demoraria um tanto para postar. De fato iria mesmo demorar, mas acontece que li uma obra super curtinha e que adorei.
Estamos no mês da Literatura Brasileira e, desde já estendo o convite para todos vocês que queiram participar também, seria maravilhoso! Então, tirem aquele livro da estante que você acha chato e que herdou da sua mãe, avó, tia... ou sei lá, e leia!

Hoje falarei sobre "Histórias de grandeza e de miséria"
Consegui esse livro através do projeto Conhecimento Circulante e, farei um vídeo explicando melhor para vocês em breve.

O livro contra com contos de Caio Fernando Abreu, Dalton Trevisan, João Antônio, Lygia Fagundes Telles (aproveitei o conto dela para meu trabalho de literatura na escola!), Moacyr Scliar (desde quando surgiram aquelas conversas na internet sobre o plágio de "A vida de Pi"* queria ler algo dele), Murilo Rubião e outros...






Na antologia Histórias de grandeza e de miséria, estão reunidos contos e crônicas de Caio Fernando Abreu, Dalton Trevisan, João Antônio, Lygia Fagundes Telles, Moacyr Scliar, Murilo Rubião, Nélida Piñon e Sérgio Faraco, grandes nomes comtemporâneos da narrativa curta de todos os cantos do Brasil.










O primeiro conto é entitulado como "Saloon" do autor Sergio Faraco.
A estória se passa em um bar onde alguns homens estão jogando sinuca quando chega um rapaz diferente por lá, descrito como: "[...]Era moço ainda, moreno claro, traços indiáticos. Vestia calça de brim azul, tênis e um colete preto sobre a camisa branca, arremagada. Trazia a barba por fazer e presos os longos cabelos pretos numa fita que, desde muitas luas, não gozava dos benefícios da água." então, pai e filho, como de praxe, dão um golpe no tal moço.
Vou destacar um diálogo do momento em que se dá o início do golpe:
- Perdi tudo...
- Até a vergonha - rosnou o mulato.
E aplicou-lhe um joelhaço na coxa.
- Calma, Gorila - disse o dono no bar, atrás do balcão.
O velho, mancando, foi guardar o taco na taqueira, e o garçom que ouvira a conversa, foi atrás.
- A despesa, amizade.
- Amanhã eu...
- Amanhã? Tá sonhando? Amanhã é pó de tanque - e mostrou-lhe um papel com uns rabiscos.
Antes que o velho dissesse qualquer coisa, o homem do rabo-de-cavalo estalou os dedos e indicou o próprio peito.
- Deus é grande - disse o garçom -, o prejuízo mudou de bolso.
O próximo conto é intitulado como "O Bom amigo Batista", do autor Murilo Rubião. Esse conto foi um dos mais engraçados que li. Conta a história de um rapaz que desde novo tinha um amigo para o qual ele sempre cedia as melhores oportunidades. Seus pais reclamam, e, quando se casa, até sua mulher lhe dá queixas sobre sua "idiotice(?)". Ele se mantem sempre achando que todos estão de marcação com ele e então, resolve se dar como louco e é internado.

"Agora, livre da camisa de força e dos enfermeiros, tenho meditado sobre os acontecimentos de dias atrás e sou levado a acreditar que meu companheiro esteja amasiado com Branca. Não posso desprezar essa possibilidade, mesmo sabendo do ódio que nutriam um pelo outro. Naturalmente Batista descobriu que minha mulher planejava retirar-me daqui e, para evitar que tal acontecesse, foi ao extremo da renúncia, atraindo-a para si. Pobre amigo."  
Vale muito a pena ser lido!

O texto que mais gostei foi do Caio Fernando Abreu, de nome: Primeira carta para além do muro e Pequenas epifanias.
Amei ter tido a oportunidade de ler dois textos do Moacyr Scliar e enfim. Acho que o livro vale muitíssimo a pena ser lido. É mega curto, li nos 20 minutos de intervalo da escola.
Peço desculpa pela demora da postagem, esta era para ter sido publicada na semana passada mas, por motivos de falência no órgão vital do meu notebook (vulgo: carregador) e falta de vontade de tomar emprestado o de minha mãe, deixei no esquecimento o post e enfim. Sinto muito.

Um beijo pra todo mundo,
até mais.

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